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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

NATAL: Festa de símbolos

A proposta deste blog é trazer dicas de maquiagem, saúde e moda. Mas, estarei sempre trazendo algumas curiosidades, ou até mesmo reflexões que considero interessante. E como eu AMO muito o Natal, achei ideal a primeira reflexão (ou curiosidade... rs...) a dividir com vocês. Espero realmente que gostem, e caso tenham algum texto para dividir, o espaço estará aberto.

Poucas datas comemorativas possuem simbologia tão rica quanto o Natal. Da árvore ao peru da ceia, tudo faz parte de tradições históricas - em alguns casos, com mais de 2.000 anos. O resultado é uma festa que envolve não apenas a liturgia cristã, mas a soma de diversas crenças populares. "Em alguns casos, é difícil traçar a origem dos costumes, que podem ter várias explicações", diz Francisco Marshall, professor de História Antiga da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.  


A figura do Papai Noel reflete bem essa mistura. De certa forma, ele existiu. O bispo Nicolau nasceu por volta do século III, na região conhecida hoje como Turquia, e era famoso por sua paixão pelas crianças. Rico, costumava distribuir presentes, inclusive jogando-os pela janela. Em pouco tempo, a história do velhinho e sua extrema bondade espalhou-se também pela Grécia e pela Itália. Alguns afirmavam que Nicolau operava milagres, mesmo após sua morte. Foi então que a Igreja Católica decidiu torná-lo santo e sugeriu que o dia de São Nicolau fosse comemorado junto com o nascimento de Jesus, no dia 25 de dezembro.
De bispo bondoso, Nicolau passou por uma verdadeira metamorfose. Em 1809, o escritor Washington Irving popularizou a história de São Nicolau nos Estados Unidos, descrevendo Santa Claus (seu apelido em inglês) como um duende gorducho que aparecia nas noites de Natal e distribuía presentes montado num cavalo voador. O surrealismo da história não impediu que essa imagem fosse gravada no imaginário popular. Mas foi apenas em 1931 que Santa Claus ganhou a famosa vestimenta vermelha e branca, graças à ä Coca-Cola. O que era apenas para ser uma campanha publicitária para aquele ano acabou ganhando o mundo.
O Papai Noel é o protagonista da festa, mas nem por isso os coadjuvantes perdem a importância. O peru da ceia tem suas raízes no século XVIII, quando índios americanos ofereceram a ave aos colonizadores ingleses, salvando-os da fome. O fato ficou conhecido como o Dia de Ação de Graças (Thanksgiving Day), data comemorativa que passou a ter o peru como prato principal.

MANJEDOURA O primeiro presépio foi criado por São Francisco, inspirado nos relatos sobre os Reis Magos
A troca de presentes pode ser explicada de duas formas. A primeira, de fundo religioso, diz que o menino Jesus, quando nasceu, foi presenteado pelos Reis Magos. Ao trocar presentes no Natal, as pessoas estariam repetindo esse ato. Alguns historiadores têm outra versão. A troca teria surgido na Roma antiga. Durante uma semana de dezembro, os pagãos saíam às ruas para comemorar a Saturnália. Música, comilança e sexo - tudo era permitido. Além disso, as pessoas trocavam presentes como forma de confraternização. Quando a Igreja Católica escolheu o dia 25 de dezembro como a data oficial do nascimento de Jesus, a Saturnália foi proibida, mas alguns dos costumes pagãos, como a troca de presentes, acabaram sendo adotados pelo cristianismo.
Caso parecido é o da árvore de Natal. Antes do nascimento de Jesus, os egípcios usavam galhos verdes de palmeiras nas festas de dezembro como sinônimo de vida, energia e fertilidade. Os druidas decoravam carvalhos em suas festividades. A proximidade com o dia 25 acabou fazendo com que esse costume fosse trazido para o Natal. Séculos depois, por influência do clima do norte da Europa, o carvalho foi substituído pelo pinheiro.
O presépio é um dos poucos símbolos que têm sua origem religiosa comprovada. Quando São Francisco de Assis decidiu construir o primeiro modelo, em 1223, ele se inspirou no relato da visita dos Reis Magos. A idéia era reconstituir o ambiente onde Jesus nasceu, com a manjedoura, os reis do Oriente, pastores e outros presentes. Depois o costume se difundiu entre os cristãos.

O CURIOSO SURGIMENTO DE OUTROS SÍMBOLOS NATALINOS
MEIAS
Para salvar três moças de um casamento arranjado, o bispo Nicolau resolveu ajudá-las. Ao jogar um saquinho de moedas pela chaminé, o dinheiro foi cair logo dentro de uma meia que havia sido colocada para secar
CEIA DE NATALDurante a Saturnália, festa pré-cristã da Roma Antiga, as pessoas se esbaldavam em banquetes. Como a festa terminava em 25 de dezembro, a mesa farta foi incorporada ao Natal. A presença de frutas secas e cristalizadas deve-se ao inverno rigoroso na região
CARTÕES
Em meados do século XIX, o inglês Henry Cole ficou com as mãos cansadas de tanto escrever cartas desejando felicidades no Natal. Foi aí que surgiu a idéia de encomendar cartões já prontos numa gráfica, com a mensagem "Feliz Natal" estampada

PANETONE

Não existe uma explicação oficial. Uma das versões conta que foi criado em 900 na Itália pelo padeiro Tone, batizado então de pane-di-Tone. O que se sabe ao certo é que o panetone foi trazido ao Brasil pelos imigrantes italianos após a Segunda Guerra Mundial

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